sábado, 13 de março de 2010

Catástrofes Naturais


Na teoria da tectónica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crusta e a área solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto.
Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenómenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX por Alfred Wegener, e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60 e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra.

Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido super-aquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terramotos, comporta-se como um sólido rígido.
A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.


A litosfera encontra-se fragmentada em várias placas tectónicas e estas deslocam-se sobre a astenosfera.

São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenómenos de superfície:


Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direito ou esquerdo, consoante se efectue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha.


Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.


Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por margens activas) ocorrem quando duas placas se movem uma em direcção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).


O QUE É UM SISMO
Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia. Essa energia, que pode advir de diversos fenómenos, como por exemplo uma erupção vulcânica ou de movimentos de material fundido em profundidade, provoca vibrações que se transmitem a toda área circundante. Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas existentes entre as diferentes placas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.
Mais raramente podem ser provocados por deslocamentos superficiais de terreno, tais como abatimentos e escorregamentos.

O homem pelas suas actividades também tem sido responsável por alguns abalos.



Sismicidade em Portugal

Portugal tem sido afetado por vários sismos de magnitude moderada a forte, que muitas vezes resultaram em danos importantes em várias cidades do país.A maior parte dos sismos graves tiveram origem em zonas interplacas, cuja sismicidade pode considerar-se elevada, uma vez que portugal está perto da fronteira entre a placa africana e a placa Euro-Asiática (podem ser sismos de magnitude elevada (M>6), têm origem no oceano e têm períodos de retorno de algumas centenas de anos – aponta-se para que sismos com a intensidade do de 1755 seja cerca de 250 anos). Os epicentros dos maiores sismos localizam-se perto do Banco de Gorringe, a Sudoeste do Cabo de São Vicente.

GRAUS DE INTENSIDADE SÍSMICA

I. Imperceptível - Não sentido pelo Homem. Apenas registado por aparelhos de precisão, ou sismógrafos.
II. Muito fraco - Sentido por um pequeno número de pessoas em repouso, em especial pelas que encontram em andares elevados.
III. Fraco - Sentido dentro de casa, em especial em andares elevados. Os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos ligeiros. É possível estimar a duração mas não pode ser reconhecido como um sismo.
IV. Moderado - Os objectos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados. Carros estacionados balançam. Nota-se a vibração de portas e janelas e as loiças tremem dentro dos armários. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem.
V. Forte - Sentido fora de casa, sendo possível avaliar a direcção do movimento. As pessoas são acordadas. Os líquidos oscilam e alguns extravasam. Pequenos objectos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou alteram o seu estado de oscilação.
VI. Bastante forte - Sentido por todas as pessoas. Provoca o início do pânico nas populações. As loiças e vidros das janelas partem-se. Objectos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. As árvores e arbustos são visivelmente agitadas. Produzem-se leves danos nas habitações.
VII. Muito forte - É difícil permanecer de pé. Os objectos pendurados tremem. As mobílias partem. As chaminés fracas partem ao nível do terço superior. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, parapeitos soltos e ornamentos arquitectónicos. Há estragos limitados em edifícios de boa construção, mas importantes e generalizados nas construções mais fortes. Facilmente perceptível pelos condutores de automóveis. Desencadeia pânico geral nas populações.
VIII. Ruinoso - Afecta a condução dos automóveis. Torção e queda de chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. Danos acentuados em construções sólidas. Os edifícios de muito boa construção sofrem alguns danos. Fracturas no chão húmido e nas vertentes escarpadas.
IX. Desastroso - Pânico geral. Desmoronamentos de alguns edifícios. Danos gerais nas fundações. As estruturas são fortemente abanadas, havendo danos consideráveis em construções muito sólidas. Fracturas importantes no solo.
X. Destruidor - Abrem-se fendas no solo. Há cortes nas canalizações, torções nas linhas de caminho de ferro e empolamentos e fissuração nas estradas. Danos sérios em pontes, diques, barragens e aterros. Grandes desmoronamentos de terrenos.
XI. Catastrófico - Destruição de quase a totalidade dos edifícios, mesmo os mais sólidos. Caem pontes, diques e barragens. Destruição da rede de canalização e das vias de comunicação. Formam-se grandes fendas no terreno, acompanhadas de desligamento. Há grandes escorregamentos de terreno.
XII. Danos quase totais - Grandes massas rochosas deslocadas. Modificação da topografia. Objectos atirados ao ar. Este grau nunca foi presenciado no período histórico.


Curiosidades

Mais de 600 mil mortos
Os piores sismos nos últimos 20 anos
27.02.20100:47 Por PÚBLICO - Sociedade


13 Dezembro 1992A ilha das Flores, na Indonésia, foi arrasada por um tremor de 7,5 graus, que matou 2500 pessoas.
30 Setembro 1993Um terramoto de 6,4 graus causa 7.601 mortos e faz 15.846 feridos no Estado indiano de Maharastra.17 Janeiro 1995Na cidade de Kobe, no Ocidente do Japão, um tremor de terra de 7,2 deixa 6400 vítimas mortais.30 Maio 1998A província de Tajar, no Noroeste do Afeganistão, sofre um sismo de 7,1 graus que deixa 5000 mortos.17 Agosto 1999No Noroeste da Turquia, incluindo Istambul, um terramoto de 7,4 graus mata mais de 17 mil pessoas e faz uns 30 mil feridos.26 Janeiro 2001Pelo menos 15.500 pessoas morrem num sismo de 6,9 graus com epicentro em Bhuj, em Gurajat, na Índia.26 Dezembro 2003Um terramoto de 6,3 graus causa 26.271 mortos em Bam, no Irão, que fica destruída a 70 por cento. Mais de um terço dos 200 mil habitantes fica sem casa.26 Dezembro 2004A ilha indonésia de Sumatra é varrida por um sismo de 8,9 graus, com epicentro em Aceh, que causa mais de 280 mil mortos em doze países da Ásia e de África.8 Outubro 2005Caxemira, fronteiriça com o Paquistão e a Índia, diz ter sofrido 86 mil mortos e 40 mil feridos num sismo de 7,6 graus. Do lado indiano, há milhares de vítimas mortais.27 Maio 2006Na ilha de Java, Indonésia, um sismo de 6,2 deixa 6234 mortos, 20 mil feridos e 340 mil deslocados.12 Maio 2008Wenchuan, na China, é o epicentro de um sismo de 7,8 graus, que deixa 90 mil mortos.12 Janeiro 2010No Haiti, um sismo com a magnitude 7, fez aproximadamente 220.000 mortos.



MEDIDAS DE AUTO-PROTECÇÃO


Depois de termos ideia breve da origem deste fenómeno será que sabemos o que devemos fazer?
Estamos devidamente preparados para enfrentar uma situação como o Chile enfrentou?
O planeamento do nosso território e as estruturas anti-sísmicas estão realmente a ser implementadas em Portugal de forma a evitar catástrofes humanas?

Mais informações em:
http://www.meteo.pt/pt/sismologia/actividade/
http://www.proteccaocivil.pt/PrevencaoProteccao/RiscosNaturais/Sismos/Pages/Oquee.aspx http://www.tinoni.com/pais_educadores/PUBLICAcoES/Sismos.pdf

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